terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Síndrome do SBT.

By Tavares 512   Posted at  07:09   FiLeosofando










A alegria de ir ao cinema com os amigos, namoradas ou até mesmo com a melhor cia do mundo: sozinho. Sim, porque não? Ir só é muito legal. Ninguém te pergunta quem é o vilão ou o mocinho, ou porque “ele” tá fazendo isso, ou até mesmo, tentar interpretar o filme e desvendar o final do enredo (sou craque nisso e meus amigos me odeiam). Mas hoje em dia isso não é mais possível. 

Na época áurea de Vitória da Conquista já chegamos a ter até 5 cinemas, isso mesmo, 5 salas de exibição em uma cidade com menos de 100 mil habitantes. Mas isso foi mudando e poucos se lembraram de seus nomes: Riviera, Glória, Eldorado, Madrigal e Trianon. 

O Madrigal e o Glória, resistiram bravamente ao advento da locadora, mas foram vencidos pelos novos tempos e ficamos anos sem uma sala de cinema, o que era uma vergonha quando eramos comparados a Itabuna e Jequié terem e a gente não, motivo de piada entres os primos e amigos. 

Até que enfim, o shopping novo inaugurou e com ele 3 salas de projeção. Um primor, viva à tecnologia e a nova era, Conquista está com ares de capital e com ar-condicionado. Bom, não é bem por aí. 

Estava eu no cinema ontem e fui obrigado a assistir ao filme dublado, já que, fora quando o filme é digital e pode ser exibido na sala 3D possibilitando a inserção da legenda, não existe outra opção. O público em sua maioria quer dublado. E por que? Talvez eu consiga explicar. 

Voltemos. O som fica ruim, as piadas perdem um pouco sua graça, mas agrada uma grande parcela da cidade. 

Estava eu prestando atenção no filme e a pessoa do meu lado direito atendeu o celular e conversou por 5 minutos, desligou. Depois um casal estava tendo uma DR daquelas enquanto o filme passava, perdi a paciência, mas não a educação e falei: 

“Ô amigo, desculpa, mas o filme é dublado e você tá concorrendo com ele.” 

E ouvi como resposta: 

“Se você não queria ouvir pessoas conversando, devia assistir em casa.” 

Depois de ligar a luz do celular na cara dele enquanto ele falasse até se mudar e ir conversar em outro lugar percebi uma coisa: 

Ele estava certo! 

Um público que come e larga seus resto no assento, que conversa ao celular, que leva crianças de colo a filmes barulhentos e se acha no direito de conversar durante a exibição, não pode cobrar que a única rede de cinemas de sua cidade passe cópias legendadas e que ligue o ar-condicionado para que não se morra sufocado enquanto desfrutamos de “tamanho” lazer. 

Nas cópias legendadas acontece com menor frequência, mas acontece. Já ouvi a máxima: 

- “Paguei 12 reais, igual a você. Tenho o direito de conversar!” 

Não, amigo, você não tem. Mas na república do Mimimi onde os valores são invertidos e o direito tem outra conotação eu vejo que Conquista tem o cinema que merece. 

Quanto a mim? Vou me adequando à frase do SBT e passo a curtir cada vez mais o “Cinema em Casa” onde eu, ficando quieto, não incomodo a ninguém, mas assisto ao filme com legenda e com o ar ligado. 



Tavares 512

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