terça-feira, 4 de novembro de 2014

Síndrome de puta

By Tavares 512   Posted at  06:41   bebidasubstantivofeminino













Mulher tem o direito de levar tudo na bolsa. Maquiagem, pente, absorvente, óculos, esmalte, lenço, kit de primeiros socorros, protetor solar, eu, você, dois filhos e um cachorro. Mas levar camisinha? Não, camisinha não é coisa de mulher. É coisa de puta. Já pensou se, ao fim da noite, vocês chegam aos “finalmente”, e a menina tira uma camisinha da bolsa? Puta, com certeza. Pode contar pros amigos.



Tudo bem, ela vai evitar o preservativo e os julgamentos. Mas o cara também não tinha camisinha na hora H. Transaram mesmo assim. Irresponsabilidade consensual. Mas a burrice foi só dela. Afinal, todo mundo sabe que mulher pode dar de todo jeito - mas pegar DST? Não, DST não é coisa de mulher. É coisa de puta. Já pensou se você descobre que a menina que você está saindo já precisou tratar um HPV? Puta, com certeza. Pode contar pros amigos.

Mas, antes de saber disso, você foi mais um que insistiu no sexo sem proteção. Ela cedeu. Irresponsbilidade consensual. Mas a burrice continua sendo apenas dela. Afinal, todo mundo está cansado de saber que mulher pode dar a você o quanto quiser - mas ter uma gravidez indesejada? Não, engravidar é coisa de puta. Se for do cara que ela estava apenas saindo, então, é puta com certeza. A uma altura dessas, nem se preocupe - todos os seus amigos já sabem.

Como se já não bastasse, a garota ainda tem a tola ideia de achar que pode tomar alguma decisão sobre si. Falou que tem vontade de abortar. Isso mesmo: abortar. Mas você já viu uma mulher direita querer abortar, meu amigo? Não, porque aborto é coisa puta. Puta burra e irresponsável. Puta que sabe “virar os olhinhos” na hora do sexo, mas não sabe assumir um erro. Isso mesmo, chamaremos um filho de erro, mas não admitiremos sequer a ideia de um aborto. Já pensou o que os seus amigos iriam dizer?

Porque não dá pra ser mulher sem se preocupar com o que vão dizer. Da hora em que escolhemos a nossa roupa ao momento em que decidimos tirá-la para alguém. Será que estou sendo puta? Então eu vou lhe dizer para se fazer outra pergunta: será que eu trouxe minha camisinha? O corpo é seu, minha amiga. É você quem decide se quer partir da festa para um motel com o cara que conheceu há algumas horas, ou se vai sair com ele mais cinco vezes e não passar do amasso. Independente do que seja, apenas se previna. Ah! E sabe esse tipo de homem que vai te medir dos pés a cabeça procurando onde te tachar de puta para os amigos? Ele não valerá o seu esforço de abrir o sutiã. 

Sâmia Louise

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